Burnout: o preço do excesso de produtividade
- Thais Peressim
- 21 de ago.
- 3 min de leitura

Nos últimos anos, falar sobre saúde mental se tornou cada vez mais necessário.
Entre os temas mais discutidos, o burnout ganhou destaque por atingir milhões de pessoas em todo o mundo. Reconhecido oficialmente como uma síndrome relacionada ao trabalho pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o burnout é o resultado do esgotamento físico e emocional causado pelo excesso de demandas, pressões e responsabilidades, muitas vezes associadas à busca incessante por produtividade.
Vivemos em uma sociedade que valoriza a performance e o “fazer sempre mais”, mas esse estilo de vida tem um preço alto: a saúde mental. Entender o que é o burnout, seus sintomas, causas e formas de prevenção é fundamental para quem deseja viver com equilíbrio.
O que é burnout?
O termo “burnout” significa literalmente “queimar até o fim” ou “consumir-se”. Ele descreve um estado de exaustão extrema, em que a pessoa se sente drenada, sem energia e incapaz de lidar com as tarefas diárias, especialmente no ambiente de trabalho.
Não se trata apenas de um cansaço passageiro: o burnout afeta profundamente o corpo, a mente e até a autoestima, podendo comprometer relacionamentos, desempenho e qualidade de vida.
Principais sintomas do burnout
Exaustão constante: cansaço físico e mental que não melhora nem com descanso.
Desmotivação: perda de interesse e prazer nas atividades que antes faziam sentido.
Irritabilidade e impaciência: explosões emocionais ou dificuldade de lidar com pequenas frustrações.
Dificuldade de concentração: lapsos de memória e queda de produtividade.
Problemas físicos: dores de cabeça, insônia, palpitações, alterações gastrointestinais.
Sensação de incompetência: pensamentos frequentes de fracasso ou incapacidade.
Por que o burnout é tão comum hoje?
A síndrome de burnout reflete o modelo de vida contemporâneo, marcado pela pressa, competitividade e excesso de estímulos.
1. Cultura da hiperprodutividade
Há uma valorização social em estar sempre ocupado e entregar resultados cada vez maiores. Muitas vezes, o descanso é visto como “preguiça”.
2. Pressões do mercado de trabalho
Metas inatingíveis, jornadas extensas e falta de reconhecimento tornam o ambiente de trabalho um terreno fértil para o burnout.
3. Fronteiras borradas entre trabalho e vida pessoal
Com o avanço da tecnologia e do home office, ficou mais difícil separar as horas de lazer das de responsabilidade.
4. Comparações constantes
As redes sociais intensificam a sensação de que “nunca fazemos o suficiente”, alimentando a pressão interna.
O impacto do burnout na vida
O burnout não afeta apenas o desempenho no trabalho. Ele repercute em todas as áreas da vida:
Na saúde física: pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, baixa imunidade e distúrbios do sono.
Na saúde emocional: leva a crises de ansiedade, depressão e isolamento social.
Nos relacionamentos: o cansaço e a irritabilidade prejudicam a convivência com familiares, amigos e parceiros.
Na autoestima: a sensação de ineficácia constante pode gerar culpa e desvalorização pessoal.
Como prevenir e lidar com o burnout
A prevenção é sempre o melhor caminho. Reconhecer os sinais precocemente pode evitar que o quadro se agrave.
1. Autocuidado diário
Praticar atividades físicas, manter uma alimentação equilibrada e priorizar o sono são formas simples, mas poderosas, de fortalecer corpo e mente.
2. Limites saudáveis
Aprender a dizer “não” e respeitar o próprio ritmo é essencial. Ninguém consegue manter alto desempenho sem pausas.
3. Momentos de lazer
Dedicar tempo a hobbies, amigos e atividades prazerosas ajuda a recarregar as energias.
4. Organização e gestão do tempo
Planejar tarefas, dividir responsabilidades e evitar sobrecarga são estratégias para reduzir o estresse.
5. Desconexão digital
Criar períodos sem uso de celular e e-mails profissionais favorece a recuperação mental.
O papel da psicoterapia no tratamento do burnout
Quando os sintomas de burnout já se instalaram, buscar ajuda profissional é fundamental. A psicoterapia oferece um espaço seguro para compreender a origem do esgotamento, ressignificar experiências e aprender novas estratégias de enfrentamento.
Entre os benefícios da psicoterapia estão:
Auxílio no reconhecimento de limites pessoais e profissionais.
Desenvolvimento de técnicas para lidar com ansiedade e estresse.
Reconstrução da autoestima e do senso de propósito.
Estímulo à construção de uma rotina mais equilibrada.
Em alguns casos, pode ser necessário um acompanhamento multidisciplinar, envolvendo médicos e outros profissionais de saúde, para tratar sintomas físicos e emocionais de forma conjunta.
O burnout é um sinal de alerta do corpo e da mente de que algo precisa mudar. Ignorar seus sintomas pode trazer consequências sérias, mas reconhecê-los e buscar ajuda abre espaço para uma vida mais saudável e equilibrada.
Mais do que produzir, é preciso viver com qualidade. Cuidar da saúde mental, respeitar limites e valorizar o descanso não é fraqueza: é sabedoria. Afinal, o verdadeiro sucesso não está no excesso de produtividade, mas na capacidade de manter o equilíbrio entre conquistas e bem-estar.
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